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07/02/2008

A ARTE DE VER - PARTE 2

LINKS CORRIGIDOS!!

Na primeira parte explicamos a importância de saber ver, demonstramos através da arte de MC Escher como nossa mente nos engana, distorcendo o que vemos e fazendo julgamentos errados entre o que vemos e o que de fato existe. Enfim você aprendeu a não confiar no que vê, acrescentamos de antemão que é preciso e necessário colocar a prova, medir, observar e analisar atentamente o que você vê. De posse dessas informações daremos mais um passo adiante.
Quando você estiver diante de uma folha de papel em branco, não fique aterrorizado sem saber o que fazer. Tenha em mente uma coisa: O desenho, sobretudo nos seus primeiros esboços, não é nunca uma mera obra do acaso e muito menos uma inspiração mágica. O desenho é produto da inteligência, porque é preciso raciocinar. Calma, não fique apavorado, são raciocínios simples, entretanto absolutamente lógicos que direcionam nossos primeiros traços em um papel branco e que orientarão a disposição e as dimensões respectivas do modelo que deverá ser desenhado. Observe este desenho:
(clique na imagem para ampliar)
Antes de qualquer ação observe atentamente, pegue um lápis, para fazer as medições, procure fazer um enquadramento, NÃO SABE COMO FAZER? Espere, vou explicar para você:
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Neste caso a artista está trabalhando com uma natureza morta, ela segura o lápis de frente para a composição, estende o braço o máximo possível – mantendo essa posição sempre que for medir algo, situa o lápis na parte que for medir, fecha um dos olhos e movimenta o polegar até que a parte visível do lápis coincida com a parte que pretende medir, fazendo a marcação do modelo (no lápis) e transferindo para o papel. No nosso exemplo estamos utilizando uma foto então, veja como proceder:
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Fonte: http://www.picturedraw.co.uk/

É preciso situar os elementos da composição dentro de espaços que os limitem em altura e largura, esse é um passo importante. Falamos de enquadramento: - Este é o resultado dessa reflexão necessária para começar a desenhar, para romper a angustiante barreira do papel em branco.
Leonardo da Vinci, há mais de quinhentos anos, já aconselhava os seus alunos que exercitassem a vista para calcular “a olho” as verdadeiras dimensões dos objetos e fizessem comparações a fim de estabelecer as relações entre cada parte da figura.
De volta ao desenho proposto, vejamos como ficariam as medições levando em consideração o que foi dito:
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fonte: Jan Blencowe

Observe que destaquei para fins de ilustração as medidas do barco, na parte superior marquei a largura (amarelo), na frente marquei a altura (verde) tomando essas medidas como ponto de partida calculei a proporção de toda a figura verificando altura e a largura respectivas, procurando com isso “enquadrar”, dimensionar, verificar distâncias, etc.
Naturalmente haverá algumas dimensões que não irão se ajustar com exatidão às medidas-padrão estabelecidas de antemão, mas não será difícil determina-las por aproximação.
E você pode questionar:
- Toda vez que desenhar serei obrigado a enfrentar todos esse cálculos de medidas?
-Bem... Sim e não!
- Sim, por que não existe enquadramento que não exija o raciocínio sobre suas medidas e proporções;
- E não, porque é evidente, que você, que está ávido por aprender e “aplicar” o que aprendeu, logo-logo se acostumará com essa rotina e aprenderá de tal forma que será capaz de fazer as mensurações apenas olhando o modelo. Até lá meu amigo, não existe mágica e nem segredo o que existe é muito suor e muuuuita observação.

Tomei a liberdade de demonstrar as mensurações em mais duas figuras para sua melhor compreensão:

- Figura 1

- Figura 2

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