Por Andrew Loomis
01/10/2014
TREINANDO A VISTA...
Por Andrew Loomis
09/05/2008
DESENHANDO ATRAVÉS DE MEDIÇÕES
17/03/2008
O ESPAÇO NEGATIVO, COMPLEMENTO

14/03/2008
O ESPAÇO NEGATIVO

fonte da imagem: Pose Maniacs
As formas negativa em geral constituem o fundo: são os espaços que rodeia as formas positivas. (como se fosse a silhueta, vide o desenho da mulher abaixo)
fonte da imagem: Pose maniacs
É importante lembrar que os dois tipos de forma são determinados pela ênfase que você lhes dá; isso pode ser constatado na figura abaixo:

- Se observarmos os rostos o vaso será o fundo, todavia se você observar o vaso os rostos serão o fundo. Logo de acordo com a atenção que você dispensar as formas se encaixarão como em um quebra-cabeças. Os dois são imprescindíveis para o desenho e estão intrinsecamente ligado também com a “arte de ver”.
12/02/2008
TÉCNICAS DE AMPLIAÇÃO
Sem dúvida uma das formas de treinar a observação é através do uso do quadriculado. Este método foi desenvolvido no Renascimento para facilitar o desenho. Albrecht Dürer, desenhista e pintor alemão criou alguns artifícios para resolver o problema das proporções dos desenhos que desenvolvia. Uma dessas técnicas consistia em quadricular um cristal fixando-o posteriormente em uma moldura e colocando entre o artista e o modelo conforme figura abaixo:

O artista trabalhava com um quadriculado meticulosamente desenhado no papel nas mesmas proporções do quadriculado do cristal. Procurando manter sempre o mesmo ponto de vista (observe o fixador de vista portátil do homem), transferia os traços do modelo para o papel ajudado pelo quadriculado. Esse método permite além de cópias em diversas escalas, também permite fazer um planejamento mais elaborado, de forma que o tema sempre caiba no papel. Atualmente com o advento da fotografia fica bem mais fácil de trabalhar com o quadriculado. É só quadricular a foto. Explicarei o processo de ampliação pela técnica do quadriculado (serei propositalmente um pouco redundante com o fim específico de ser claro e não deixar dúvidas). Para exemplificação escolhi um desenho simples , veja:

A figura tem 8 centímetros de altura por 8 centímetros de largura, pego uma régua e resolvo que quero fazer um quadriculado de 0,5 em 0,5 milímetros para medida da largura, escolho essa medida por que quero ampliar com maior exatidão os contornos, da mesma forma faço com a altura. O resultado é um quadrado milimetrado em 0,5 x 0,5.A figura ficaria assim:
Tendo estabelecido as medidas do desenho original (quadrados de 0,5 x 0,5), resolvo que quero ampliar duas vezes. O próximo passo é desenhar uma grade de 1,00 centímetro por 1,00 centímero, tanto de altura como de largura. Quando termino de fazer a grade (quadrícula) eu começo a transferir o desenho reduzido para a grade ampliada, assim como no jogo de batalha naval observando os números da altura com os números da largura, se, por exemplo estiver desenhando o quadro 5 da largura com o 4 da altura então me concentro somente nele:Se você seguir pacientemente todas as linhas da grade, assim como o pirata tem que seguir um mapa para achar o "x" e consequentemente o tesouro, então você terá seu desenho feito rigorosamente dentro das proporções pré-estabelecidas, e no final factivelmente você chegará a esse resultado:
(clique na imagem para ampliar)
Essa é uma técnica de ampliar trabalhosa, entretanto é compensadora pelos resultados proporcionados. Existem outras formas de ampliar e mencionarei mais uma, o uso do pantógrafo. Definição: Pantógrafo (do grego pantos = tudo + graphein = escrever) é um aparelho utilizado para fazer ampliações e reduções de figuras nas proporções desejadas, tendo sido inventado em 1603 pelo astrônomo e jesuíta alemão Christoph Scheiner. O pantógrafo é constituído por quatro barras articuladas e fixadas entre si, duas maiores e duas menores (geralmente em madeira), que se mantém paralelas. As duas réguas menores estão por baixo e as maiores são colocadas sobre estas.
Pantógrafo de madeira


O Ponto “O” fica fixado à mesa (com a morça), o desenho que se pretende ampliar fica no ponto “D” (este não pode mudar de posição, deve ficar preso com uma fita). Antes de começar fixe o ponto “D” bem na metade do papel. Fixe ao lado do desenho uma folha de papel em branco (é nela que você fará a ampliação ou redução, esta não pode sair da posição também, deve ficar fixado com fita) em seguida posiciona o ponto “E” na metade da folha também. Depois de estabelecer o posicionamento você pode começar a transferir, sempre observando cuidadosamente os resultados. Para reduzir ou ampliar é só mudar os posicionamentos do ponto “A” e do ponto “C” respectivamente.
-Agora é só treinar.
Alguma dúvida? Quer comentar alguma coisa? Quer sugerir algum tema? É só postar nos comentários...
-Ah, e antes que eu me esqueça, por favor, divulguem o “desenhistas autodidatas” para os seus amigos, nos blogs, fóruns e comunidades que vocês eventualmente participam, sua divulgação é importante e para nós serve como termômetro da sua apreciação.
09/02/2008
07/02/2008
A ARTE DE VER - PARTE 2

Quando você estiver diante de uma folha de papel em branco, não fique aterrorizado sem saber o que fazer. Tenha em mente uma coisa: O desenho, sobretudo nos seus primeiros esboços, não é nunca uma mera obra do acaso e muito menos uma inspiração mágica. O desenho é produto da inteligência, porque é preciso raciocinar. Calma, não fique apavorado, são raciocínios simples, entretanto absolutamente lógicos que direcionam nossos primeiros traços em um papel branco e que orientarão a disposição e as dimensões respectivas do modelo que deverá ser desenhado. Observe este desenho:

Fonte: http://www.picturedraw.co.uk/
Leonardo da Vinci, há mais de quinhentos anos, já aconselhava os seus alunos que exercitassem a vista para calcular “a olho” as verdadeiras dimensões dos objetos e fizessem comparações a fim de estabelecer as relações entre cada parte da figura.
De volta ao desenho proposto, vejamos como ficariam as medições levando em consideração o que foi dito:

Observe que destaquei para fins de ilustração as medidas do barco, na parte superior marquei a largura (amarelo), na frente marquei a altura (verde) tomando essas medidas como ponto de partida calculei a proporção de toda a figura verificando altura e a largura respectivas, procurando com isso “enquadrar”, dimensionar, verificar distâncias, etc.
Naturalmente haverá algumas dimensões que não irão se ajustar com exatidão às medidas-padrão estabelecidas de antemão, mas não será difícil determina-las por aproximação.
E você pode questionar:
- Toda vez que desenhar serei obrigado a enfrentar todos esse cálculos de medidas?
-Bem... Sim e não!
- Sim, por que não existe enquadramento que não exija o raciocínio sobre suas medidas e proporções;- E não, porque é evidente, que você, que está ávido por aprender e “aplicar” o que aprendeu, logo-logo se acostumará com essa rotina e aprenderá de tal forma que será capaz de fazer as mensurações apenas olhando o modelo. Até lá meu amigo, não existe mágica e nem segredo o que existe é muito suor e muuuuita observação.
Tomei a liberdade de demonstrar as mensurações em mais duas figuras para sua melhor compreensão:
- Figura 1
- Figura 2
05/02/2008
A ARTE DE VER - PARTE 1
- Bom, quando falo em aprender a enxergar, quero dizer “aprender a ver como o artista vê”.
Tentarei ser claro... Bem vejamos, todo o problema começa no nosso cérebro, este tem que processar milhões de informações todos os dias, decisões rápidas são tomadas a todo o instante, algumas decisões são tomadas quase sem percebermos, automaticamente. O que o cérebro julga não ser essencial passa despercebido, minimizado, consequentemente maximizamos aquilo que damos importância e o cérebro por conta própria distorce aquilo que vemos. Quanto a isso não há nada de errado, isso acontece com todos. Para ilustrar essa situação, vejamos as obras de M C Escher, ele explora justamente esse ponto, observe:
- A cachoeira que está em um nível superior, na realidade não está. A cachoeira está no mesmo nível do ponto em que o canal se inicia, “mas”... em um terceiro plano (mais distante e não acima como apresentado), a possibilidade dessa cachoeira existir é impossível.
- A cachoeira é baseada na seguinte figura:O Triângulo de Penrose, também conhecido como a tribarra, é um objeto impossível. Foi criado pelo artista sueco Oscar Reutersvärd, em 1934. O matemático Roger Penrose o popularizou na década de 1950, descrevendo-o como "impossível em sua forma pura". É enfatizado implicitamente nos trabalhos do artista M.C. Escher. A tribarra parece ser um objeto sólido, feito de três barras entrelaçadas que se encontram aos pares nos ângulos direitos dos vértices dos triângulos que formam.Essa combinação de propriedades não pode ser realizada por qualquer objeto tridimensional.
- Quanto a Belvedere, observe as colunas da edificação, é até engraçado explicar, mas vou tentar... “A coluna de fora está para dentro, e a coluna de dentro está para fora” de modo que a escada que está apoiada fora, ficou para o lado de dentro, noossa que confusão, espero que tenha entendido.
Na realidade Escher baseia sua construção em um cubo impossível:

Para encerra essa sessão, vejamos mais essa:

Olhando rapidamente a resposta mais lógica: - A menina!! E se eu disser que os dois meninos são do mesmo tamanho? Você acredita? Não? então deixa eu recortar os meninos como uma tesoura e coloca-los juntos, um do lado do outro, acompanhe:
Proooonto!! veja o resultado.
- Está aí a prova! (não existe efeito nenhum o que fiz foi recortar ambos e os coloquei um do lado do outro)
- Não acredita ainda?
Então meça você mesmo com um lápis ou uma régua e tire a dúvida!
Se não acreditou que bom! Já é um bom começo, o princípio pra aprender a enxergar, ou ver como um artista vê, é esse: DUVIDAR DO QUE SEUS OLHOS VÊEM...
CONTINUA...