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01/10/2014

TREINANDO A VISTA...

-Para ver as formas dentro dos contornos
Por Andrew Loomis
Clique na imagem para ampliar

A diferença entre o desenho ou pintura bom ou ruim nem sempre está no contorno ou detalhes, como muitos pensam, mas na forma como se encara o tema.

09/05/2008

DESENHANDO ATRAVÉS DE MEDIÇÕES

Bom pessoal, já enfatizamos aqui a importância de saber ver (vide marcador Arte de Ver); Hoje estaremos trazendo um vídeo que propõe um exercício fantástico justamente para treinar essa percepção. Acompanhe o vídeo, ele está em inglês mas isso não prejudica a compreensão do que de fato vem a ser o exercício. O fato é que precisamos entender a mecânica de ver como um artista vê as coisas, e eis aqui uma ótima oportunidade de incrementar o que já foi aprendido. Mãos à obra então!!

17/03/2008

O ESPAÇO NEGATIVO, COMPLEMENTO

LINKS CORRIGIDOS!!
espaços positivos e negativos
fonte da imagem: electricscotland.com
Assim como outras manifestações artísticas, o desenho percorreu um longo caminho desde o Renascimento até os dias de hoje. No início do século XX, as transformações foram tantas e tão profundas que se tornou difícil encontrar relação entre os desenhos dos mestres renascentistas e os trabalhos de artistas modernos como Picasso ou Miró. Todavia essa relação existe.
Picasso, por exemplo, foi um notável artista e poderia, se quisesse, ter criado obras tão "naturalistas" quanto as de artistas clássicos como Rafael, Ticiano ou Veronese. Mas preferiu se enveredar por um caminho diferente, renunciando a uma arte que refletisse apenas as formas visíveis da natureza e da sociedade. A obra de Picasso é produto de um mundo mais complexo, mais desintegrado, que aquele em que viveram os clássicos.
O desenho moderno tem, porém, muitos pontos em comum com o de outras épocas. Por mais abstrato que seja, ele ainda se define como uma representação de formas. Ao mesmo tempo, do ponto de vista da composição, tanto um como o outro levam em conta não apenas as formas materiais como também os espaços vazios (espaço negativo) que envolvem essas formas. Na verdade, ao esboçar os espaços vazios, o desenhista está ao memo tempo esboçando as figuras, e vice-versa.
A figura acima mostra como os contornos da figura podem ganhar (ou perder) em função dos vazios a sua volta.
Quer entender melhor a utilização dos espaços negativo na prática? O site emptyeasel.com demonstra isso com muita eloqüência.

14/03/2008

O ESPAÇO NEGATIVO

LINKS CORRIGIDOS!!
Todo motivo tem formas positivas e negativas. Saber reconhecê-las e usa-las de maneira criativa facilita o trabalho e permite um aprimoramento da composição, tanto de um esboço como de um desenho acabado. O motivo de um desenho geralmente é constituído de formas positivas (a figura da mulher abaixo).

fonte da imagem: Pose Maniacs

As formas negativa em geral constituem o fundo: são os espaços que rodeia as formas positivas. (como se fosse a silhueta, vide o desenho da mulher abaixo)

fonte da imagem: Pose maniacs

Na verdade, as formas negativas são tão importantes para a qualidade do seu trabalho quanto as positivas, e você deve dedicar-lhes o mesmo planejamento, cuidado e atenção.
É importante lembrar que os dois tipos de forma são determinados pela ênfase que você lhes dá; isso pode ser constatado na figura abaixo:
fonte da imagem: Google imagens
O nome dessa figura é vaso e rosto, dependendo do seu ponto de vista quem é a figura ou o fundo?
- Se observarmos os rostos o vaso será o fundo, todavia se você observar o vaso os rostos serão o fundo. Logo de acordo com a atenção que você dispensar as formas se encaixarão como em um quebra-cabeças. Os dois são imprescindíveis para o desenho e estão intrinsecamente ligado também com a “arte de ver”.
Como exercício, tente desenhar as formas negativas em torno de um motivo simples. Se você trabalhar com uma observação cuidadosa, chegará à forma posiva do motivo, definida pelas formas negativas que o rodeiam.
Mesmo ao desenhar "normalmente", à medida que for registrando a forma positiva de um motivo, procure estar ciente também do espaço negativo que o rodeia. Isto tornará seu traço mais preciso.

12/02/2008

TÉCNICAS DE AMPLIAÇÃO

LINK CORRIGIDO!!
A importância de saber observar as proporções adequadas em um desenho é essencial. Isto por que desenhar implica (como já foi dito antes) em treinamento do olho para enviar mensagens à mão a fim de que represente um objeto tridimensional numa superfície bidimensional. Sem o treinamento você não conseguirá exprimir a forma real de um objeto e sua relação com o espaço em volta dele.
Sem dúvida uma das formas de treinar a observação é através do uso do quadriculado. Este método foi desenvolvido no Renascimento para facilitar o desenho. Albrecht Dürer, desenhista e pintor alemão criou alguns artifícios para resolver o problema das proporções dos desenhos que desenvolvia. Uma dessas técnicas consistia em quadricular um cristal fixando-o posteriormente em uma moldura e colocando entre o artista e o modelo conforme figura abaixo:

O artista trabalhava com um quadriculado meticulosamente desenhado no papel nas mesmas proporções do quadriculado do cristal. Procurando manter sempre o mesmo ponto de vista (observe o fixador de vista portátil do homem), transferia os traços do modelo para o papel ajudado pelo quadriculado. Esse método permite além de cópias em diversas escalas, também permite fazer um planejamento mais elaborado, de forma que o tema sempre caiba no papel. Atualmente com o advento da fotografia fica bem mais fácil de trabalhar com o quadriculado. É só quadricular a foto. Explicarei o processo de ampliação pela técnica do quadriculado (serei propositalmente um pouco redundante com o fim específico de ser claro e não deixar dúvidas). Para exemplificação escolhi um desenho simples , veja:

A figura tem 8 centímetros de altura por 8 centímetros de largura, pego uma régua e resolvo que quero fazer um quadriculado de 0,5 em 0,5 milímetros para medida da largura, escolho essa medida por que quero ampliar com maior exatidão os contornos, da mesma forma faço com a altura. O resultado é um quadrado milimetrado em 0,5 x 0,5.A figura ficaria assim:

Tendo estabelecido as medidas do desenho original (quadrados de 0,5 x 0,5), resolvo que quero ampliar duas vezes. O próximo passo é desenhar uma grade de 1,00 centímetro por 1,00 centímero, tanto de altura como de largura. Quando termino de fazer a grade (quadrícula) eu começo a transferir o desenho reduzido para a grade ampliada, assim como no jogo de batalha naval observando os números da altura com os números da largura, se, por exemplo estiver desenhando o quadro 5 da largura com o 4 da altura então me concentro somente nele:
Se você seguir pacientemente todas as linhas da grade, assim como o pirata tem que seguir um mapa para achar o "x" e consequentemente o tesouro, então você terá seu desenho feito rigorosamente dentro das proporções pré-estabelecidas, e no final factivelmente você chegará a esse resultado:

(clique na imagem para ampliar)

Essa é uma técnica de ampliar trabalhosa, entretanto é compensadora pelos resultados proporcionados. Existem outras formas de ampliar e mencionarei mais uma, o uso do pantógrafo. Definição: Pantógrafo (do grego pantos = tudo + graphein = escrever) é um aparelho utilizado para fazer ampliações e reduções de figuras nas proporções desejadas, tendo sido inventado em 1603 pelo astrônomo e jesuíta alemão Christoph Scheiner. O pantógrafo é constituído por quatro barras articuladas e fixadas entre si, duas maiores e duas menores (geralmente em madeira), que se mantém paralelas. As duas réguas menores estão por baixo e as maiores são colocadas sobre estas.

Pantógrafo de madeira


Para fins de informação a Tridente disponibiliza 2 tamanhos: 40 e 60 cm. Amplia, copia e reduz qualquer desenho. Fabricado em madeira dura de excelente qualidade, com furos de precisão. Ferragens de latão cromado. Acompanha morça para fixar na extremidade da mesa e suporte plástico para fixar em cima da mesa. Acompanha manual de instruções. (o que eu uso tem 60 cm.) Sua utilização não é tão simples, mas os resultados proporcionados são ótimos com a vantagem do tempo reduzido para acabar um desenho.


O Ponto “O” fica fixado à mesa (com a morça), o desenho que se pretende ampliar fica no ponto “D” (este não pode mudar de posição, deve ficar preso com uma fita). Antes de começar fixe o ponto “D” bem na metade do papel. Fixe ao lado do desenho uma folha de papel em branco (é nela que você fará a ampliação ou redução, esta não pode sair da posição também, deve ficar fixado com fita) em seguida posiciona o ponto “E” na metade da folha também. Depois de estabelecer o posicionamento você pode começar a transferir, sempre observando cuidadosamente os resultados. Para reduzir ou ampliar é só mudar os posicionamentos do ponto “A” e do ponto “C” respectivamente.
-Agora é só treinar.
Alguma dúvida? Quer comentar alguma coisa? Quer sugerir algum tema? É só postar nos comentários...
-Ah, e antes que eu me esqueça, por favor, divulguem o “desenhistas autodidatas” para os seus amigos, nos blogs, fóruns e comunidades que vocês eventualmente participam, sua divulgação é importante e para nós serve como termômetro da sua apreciação.

07/02/2008

A ARTE DE VER - PARTE 2

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Na primeira parte explicamos a importância de saber ver, demonstramos através da arte de MC Escher como nossa mente nos engana, distorcendo o que vemos e fazendo julgamentos errados entre o que vemos e o que de fato existe. Enfim você aprendeu a não confiar no que vê, acrescentamos de antemão que é preciso e necessário colocar a prova, medir, observar e analisar atentamente o que você vê. De posse dessas informações daremos mais um passo adiante.
Quando você estiver diante de uma folha de papel em branco, não fique aterrorizado sem saber o que fazer. Tenha em mente uma coisa: O desenho, sobretudo nos seus primeiros esboços, não é nunca uma mera obra do acaso e muito menos uma inspiração mágica. O desenho é produto da inteligência, porque é preciso raciocinar. Calma, não fique apavorado, são raciocínios simples, entretanto absolutamente lógicos que direcionam nossos primeiros traços em um papel branco e que orientarão a disposição e as dimensões respectivas do modelo que deverá ser desenhado. Observe este desenho:
(clique na imagem para ampliar)
Antes de qualquer ação observe atentamente, pegue um lápis, para fazer as medições, procure fazer um enquadramento, NÃO SABE COMO FAZER? Espere, vou explicar para você:
clique na imagem para ampliar
Neste caso a artista está trabalhando com uma natureza morta, ela segura o lápis de frente para a composição, estende o braço o máximo possível – mantendo essa posição sempre que for medir algo, situa o lápis na parte que for medir, fecha um dos olhos e movimenta o polegar até que a parte visível do lápis coincida com a parte que pretende medir, fazendo a marcação do modelo (no lápis) e transferindo para o papel. No nosso exemplo estamos utilizando uma foto então, veja como proceder:
clique na imagem para ampliar

Fonte: http://www.picturedraw.co.uk/

É preciso situar os elementos da composição dentro de espaços que os limitem em altura e largura, esse é um passo importante. Falamos de enquadramento: - Este é o resultado dessa reflexão necessária para começar a desenhar, para romper a angustiante barreira do papel em branco.
Leonardo da Vinci, há mais de quinhentos anos, já aconselhava os seus alunos que exercitassem a vista para calcular “a olho” as verdadeiras dimensões dos objetos e fizessem comparações a fim de estabelecer as relações entre cada parte da figura.
De volta ao desenho proposto, vejamos como ficariam as medições levando em consideração o que foi dito:
clique na imagem para ampliar
fonte: Jan Blencowe

Observe que destaquei para fins de ilustração as medidas do barco, na parte superior marquei a largura (amarelo), na frente marquei a altura (verde) tomando essas medidas como ponto de partida calculei a proporção de toda a figura verificando altura e a largura respectivas, procurando com isso “enquadrar”, dimensionar, verificar distâncias, etc.
Naturalmente haverá algumas dimensões que não irão se ajustar com exatidão às medidas-padrão estabelecidas de antemão, mas não será difícil determina-las por aproximação.
E você pode questionar:
- Toda vez que desenhar serei obrigado a enfrentar todos esse cálculos de medidas?
-Bem... Sim e não!
- Sim, por que não existe enquadramento que não exija o raciocínio sobre suas medidas e proporções;
- E não, porque é evidente, que você, que está ávido por aprender e “aplicar” o que aprendeu, logo-logo se acostumará com essa rotina e aprenderá de tal forma que será capaz de fazer as mensurações apenas olhando o modelo. Até lá meu amigo, não existe mágica e nem segredo o que existe é muito suor e muuuuita observação.

Tomei a liberdade de demonstrar as mensurações em mais duas figuras para sua melhor compreensão:

- Figura 1

- Figura 2

05/02/2008

A ARTE DE VER - PARTE 1

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Um dos principais obstáculos dos desenhistas (principalmente dos principiantes) é aprender a enxergar. E você pode me interpelar:
- mas eu não sou cego!
- Bom, quando falo em aprender a enxergar, quero dizer “aprender a ver como o artista vê”.
Tentarei ser claro... Bem vejamos, todo o problema começa no nosso cérebro, este tem que processar milhões de informações todos os dias, decisões rápidas são tomadas a todo o instante, algumas decisões são tomadas quase sem percebermos, automaticamente. O que o cérebro julga não ser essencial passa despercebido, minimizado, consequentemente maximizamos aquilo que damos importância e o cérebro por conta própria distorce aquilo que vemos. Quanto a isso não há nada de errado, isso acontece com todos. Para ilustrar essa situação, vejamos as obras de M C Escher, ele explora justamente esse ponto, observe:
WATERFALL DE ESCHER- 1961
BELVEDERE - 1958
clique nas imagens para ampliar
Um exemplo simples do condicionamento do nosso cérebro dentro da perspectiva apresentada. A primeira obra “A Cachoeira de Escher” é uma figura perfeitamente normal, e podemos exaltar a percepção precisa de Escher quanto à perspectiva, o segundo “Belvedere” Uma construção no meio do nada, todavia muito bem elaborada prevendo milimetricamente seus detalhes. “PORÉM" se observarmos mais detidamente, CONSTATAMOS que as figuras de Escher são impossíveis de serem reproduzidas tridimensionalmente, e pra dizer a verdade (a forma como as figuras foram concebidas estão erradas do ponto de vista realista) e não obstante era esse o propósito de Escher.
- A cachoeira que está em um nível superior, na realidade não está. A cachoeira está no mesmo nível do ponto em que o canal se inicia, “mas”... em um terceiro plano (mais distante e não acima como apresentado), a possibilidade dessa cachoeira existir é impossível.

- A cachoeira é baseada na seguinte figura:O Triângulo de Penrose, também conhecido como a tribarra, é um objeto impossível. Foi criado pelo artista sueco Oscar Reutersvärd, em 1934. O matemático Roger Penrose o popularizou na década de 1950, descrevendo-o como "impossível em sua forma pura". É enfatizado implicitamente nos trabalhos do artista M.C. Escher. A tribarra parece ser um objeto sólido, feito de três barras entrelaçadas que se encontram aos pares nos ângulos direitos dos vértices dos triângulos que formam.Essa combinação de propriedades não pode ser realizada por qualquer objeto tridimensional.


- Quanto a Belvedere, observe as colunas da edificação, é até engraçado explicar, mas vou tentar... “A coluna de fora está para dentro, e a coluna de dentro está para fora” de modo que a escada que está apoiada fora, ficou para o lado de dentro, noossa que confusão, espero que tenha entendido.
Na realidade Escher baseia sua construção em um cubo impossível:


Bem tomando como base as figuras geométricas apresentadas os desenhos de Escher não estão errados, eles foram concebidos para ilustrar essa possibilidade, e quando entendemos e percebemos a sua distorção, chamamos isso de ilusão de ótica, no entanto aparentemente ela é perfeitamente normal.

Para encerra essa sessão, vejamos mais essa:

Eu pergunto a você: -Qual dos meninos é maior?
Olhando rapidamente a resposta mais lógica: - A menina!! E se eu disser que os dois meninos são do mesmo tamanho? Você acredita? Não? então deixa eu recortar os meninos como uma tesoura e coloca-los juntos, um do lado do outro, acompanhe:


Proooonto!! veja o resultado.

- Está aí a prova! (não existe efeito nenhum o que fiz foi recortar ambos e os coloquei um do lado do outro)
- Não acredita ainda?
Então meça você mesmo com um lápis ou uma régua e tire a dúvida!
Se não acreditou que bom! Já é um bom começo, o princípio pra aprender a enxergar, ou ver como um artista vê, é esse: DUVIDAR DO QUE SEUS OLHOS VÊEM...
CONTINUA...